O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) iniciou a implantação do Kit NAT Plus na hemorrede pública brasileira, em parceria com a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde (MS). A primeira geração do kit NAT brasiliero, disponibilizado em 2011, já incluía a testagem dos alvos de HIV, hepatite B e hepatite C, já o novo kit inclui a testagem do alvo malária na triagem.
O novo NAT Plus passará a contribuir com um sangue ainda mais seguro e também com a possibilidade de aumento das doações em âmbito nacional, uma vez que reduzirá de 12 para um mês o período de inaptidão dos doadores de sangue que estiverem em áreas endêmicas. A implantação já foi iniciada pelo Hemorio, no Rio de Janeiro, tendo sido liberado os primeiros resultados em novembro de 2022. Além deste, também foi implantado em Manaus, no Hemoam. A previsão é que até o final de 2023, o novo kit seja implantado nos 14 hemocentros testadores do país.
Trata-se de um kit molecular cujo desenvolvimento foi feito pelo próprio Instituto, que possui expertise nessa tecnologia há quase duas décadas. O kit NAT Plus traz diferenciais definidos juntamente com a CGSH e a hemorrede brasileira, com ganhos de sensibilidade e otimização do tempo de análise, por meio da nova tecnologia de extração de ácidos nucleicos, enzimas e das plataformas de equipamentos que processam o teste, gerando maior capacidade para os hemocentros.
Vale ressaltar que essa segunda geração do kit também é indicada para uso em amostras de doadores de órgãos ou doadores falecidos em parada cardiorrespiratória, ampliando a segurança em transplantes.
Cenário da doença
A malária é uma enfermidade febril aguda causada pelo parasita Plasmodium, que é transmitido pela picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles, mas também pode ser transmitida por transfusão de sangue, transplante de órgãos e outras formas. Como parasita do sangue, destaca-se que a malária transmitida por transfusão (MTT) é um problema de saúde pública.
Os sintomas, incluindo febre, dor de cabeça e calafrios, aparecem geralmente entre 10 e 15 dias após a picada e podem ser leves e difíceis de serem reconhecidos como malária. Se não for tratada, a doença pode progredir para quadros graves e morte.
Assessoria de Imprensa do Hemocentros Unidos
Raíssa Feijó – Jornalista
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