O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) celebrou seus 38 anos com mais um avanço: o início da implantação da filtração universal dos hemocomponentes. A tecnologia reduz significativamente o risco de reações em transfusões de sangue e representa um marco para a hemoterapia do estado.
A conquista foi tema do Simpósio de Leucorredução Universal – O cenário de Santa Catarina, que aconteceu no final de julho e reuniu profissionais da saúde de diversas regiões, incluindo médicos, colaboradores do Hemosc, representantes da Coordenação-Geral do Sangue e Hemoderivados (CGSH), da FAHECE, da Secretaria de Estado da Saúde e de instituições parceiras.
“Esse é um avanço que reflete diretamente na vida dos pacientes e na qualidade da assistência prestada em toda a rede”, afirmou a diretora-geral do Hemosc, Patrícia Carsten. Segundo ela, a filtração será implantada de forma gradual em toda a hemorrede, com a meta de alcançar 100% das bolsas coletadas até 2027.
A técnica de leucorredução remove até 99,9% dos leucócitos (glóbulos brancos) dos componentes eritrocitários e plaquetários produzidos pelos hemocentros, contribuindo para reduzir o risco de reações transfusionais, transmissão do citomegalovírus (CMV), formação de anticorpos contra antígenos HLA, entre outros benefícios. Apesar do aumento nos custos iniciais do processamento, a expectativa é de que o investimento traga economia a médio e longo prazo, ao evitar complicações e reduzir o tempo de internação hospitalar.
Notícia com informações do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc)