A hemofilia é uma condição genética que cursa com a diminuição da produção de um dos fatores da coagulação, sendo a hemofilia A caracterizada pela deficiência do fator VIII e a hemofilia B, pela deficiência do fator IX. A redução desses fatores no sangue leva ao aumento dos episódios de sangramento, especialmente nas articulações e músculos. Tais sangramentos podem ser inclusive espontâneos nas formas graves da condição.
Os sangramentos de repetição que ocorrem dentro das articulações, conhecidos como hemartroses, podem levar a deformidades irreversíveis, especialmente em joelhos, cotovelos e tornozelos. A prevenção desses eventos hemorrágicos deve ser feita através da reposição do concentrado de fator deficiente, endovenoso, duas a três vezes por semana. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas articulares secundárias aos sangramentos recorrentes e possibilitar que as pessoas portadoras de Hemofilia tenham uma vida plena.
“Na última década conseguimos avançar muito no acompanhamento e tratamento da Hemofilia. Cada vez mais elevamos as metas do tratamento e isso repercute diretamente na qualidade de vida dessas pessoas. A expectativa para os próximos anos é que tenhamos a incorporação de novos medicamentos e terapias que agreguem ainda mais valor na vida das pessoas com hemofilia”, explica Dra. Luany Mesquita, Diretora Técnica de Hematologia do Hemoce.
Neste mês, a Dra Luany também participou, ao lado da Tatyane Rebouças, enfermeira e Coordenadora de Enfermagem dos ambulatórios de Coagulopatias Hemoglobinopatias do Hemoce, de mais um episódio do podcast Conexão HemoSaúde, que falou tudo sobre a hemofilia e também contou diversas histórias emocionantes com pacientes hemofílicos.
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Texto produzido por Dra Luany Mesquita.