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Paciente com sangue raro recebe transfusão com apoio do Hemopi

29 de maio de 2025

 

Um paciente do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), internado após uma amputação, precisou de uma transfusão extremamente complexa: ele apresentava o anticorpo Anti-Gerbich 2, um dos mais raros do mundo, encontrado em menos de 1% da população, principalmente na região da Oceania.

 

A equipe do Laboratório de Imuno-Hematologia do Hemopi identificou o anticorpo raro durante os exames de rotina que acompanham os pedidos de transfusão. Com o apoio do banco de dados do Laboratório de Fenotipagem, inaugurado em 2011 e com cerca de seis mil doadores cadastrados, foram encontrados sete possíveis doadores. Dois deles, um de Teresina e outro de Miguel Alves, realizaram a doação, garantindo que a transfusão acontecesse com sucesso.

 

Segundo o supervisor do laboratório, Pedro Afonso Sousa, a fenotipagem é feita em cerca de 10% dos doadores mensais, além de pacientes com patologias específicas. “A pesquisa de doadores raros é um trabalho minucioso, pouco realizado no Brasil, mas fundamental para garantir a segurança transfusional e salvar vidas”, destaca.

 

CENTROS ESPECIALIZADOS EM SANGUE RARO NO BRASIL
O Hemopi é um dos poucos hemocentros do país com serviço especializado em fenotipagem para identificar tipos sanguíneos raros, ao lado de centros como o Hemoce (CE), Hemocentro de Ribeirão Preto (SP), Hemocentro de Brasília (DF) e Hemocentro de Campinas (SP). Essas instituições ajudam a identificar compatibilidades complexas e ampliam as chances de salvar muitas vidas.